Chuvas em Minas Gerais causam 11 mortes e 24 no total
Chuvas em Minas Gerais resultam em 24 mortes.
Notícia publicada em 13/01/2025 13:33 - #sociedade_comportamento
As fortes chuvas que atingiram Minas Gerais no último fim de semana resultaram em um aumento significativo no número de mortes no estado. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que, até a manhã desta segunda-feira, 13 de janeiro, 11 pessoas perderam a vida devido aos deslizamentos de terra e inundações, elevando o total de óbitos para 24 desde o início do período chuvoso, que começou em setembro de 2024.
A cidade de Ipatinga, localizada no Vale do Aço, foi uma das mais afetadas, com dez mortes registradas. Um dos incidentes mais trágicos ocorreu no Bairro Bethânia, onde cinco membros de uma mesma família foram soterrados após um deslizamento de terra atingir a residência. O prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, relatou que a chuva foi tão intensa que em menos de uma hora caiu o equivalente a 80 milímetros de água, pegando a população de surpresa.
Nunes destacou que o volume de água foi extremamente alto e causou muitos problemas na cidade. Além das mortes, a chuva causou danos materiais significativos, incluindo o alagamento de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o que comprometeu o atendimento à população. Aproximadamente 40 pessoas foram forçadas a buscar abrigo em locais seguros devido à situação.
O prefeito também mencionou que muitos barrancos desmoronaram, casas foram destruídas e várias avenidas ficaram obstruídas pela lama. Para lidar com a situação, a prefeitura de Ipatinga decretou situação de emergência por um período de 180 dias, o que permitirá a contratação rápida de serviços e bens necessários para ajudar as vítimas e recuperar a infraestrutura danificada.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também se manifestou sobre a situação, afirmando que o governo estadual está à disposição para ajudar a prefeitura. Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, Zema comentou sobre os esforços de resgate em Ipatinga e recomendou que as pessoas que vivem em áreas de risco deixem esses locais e busquem abrigo em lugares seguros.
Além de Ipatinga, a cidade de Santana do Paraíso, que fica próxima, também foi severamente afetada pelas chuvas. A Defesa Civil estadual informou que a queda de árvores e deslizamentos de terra interditaram várias vias, dificultando o acesso a algumas comunidades e interrompendo o fornecimento de energia elétrica em diversos bairros. O prefeito de Santana do Paraíso, Bruno Morato, descreveu a chuva como histórica e pediu aos moradores que busquem locais seguros durante esse período crítico.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou que a instabilidade climática deve continuar em Minas Gerais, com a possibilidade de chuvas fortes nas regiões norte, leste e centro do estado. O solo já está bastante encharcado, o que aumenta o risco de novos deslizamentos e inundações. As temperaturas devem variar entre 13 e 35 graus Celsius nas próximas 24 horas.
Desde o início do período chuvoso, cerca de 1.497 pessoas foram desalojadas e tiveram que buscar abrigo temporário, seja na casa de amigos e familiares ou em pousadas e hotéis. Outras 279 pessoas foram alojadas em abrigos públicos ou de instituições assistenciais. Até o momento, 56 cidades em Minas Gerais decretaram situação de anormalidade, seja de emergência ou calamidade pública.
Além de Ipatinga e Santana do Paraíso, outras cidades também registraram mortes devido às chuvas, incluindo Ipanema (3 mortes), Raul Soares (2 mortes), e outras como Uberlândia, Maripá de Minas, Coronel Pacheco, Nepomuceno, Capinópolis, Alterosa, Carangola e Tombos. A situação é crítica e as autoridades continuam trabalhando para atender as vítimas e minimizar os danos causados pelas chuvas.