Deputada do MDB pede desfiliação por discriminação

A deputada federal Alessandra Haber, do MDB, que foi a mais votada do partido nas eleições de 2022, solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sua desfiliação por justa causa. Ela alega que está sendo vítima de discriminação pessoal dentro do partido. A situação se agravou após seu marido, o prefeito reeleito de Ananindeua, Dr. Daniel, romper com o MDB e se filiar ao PSB, o que gerou um conflito político com o governador Helder Barbalho (MDB), que pretende concorrer ao governo do estado em 2026.

Na ação, Alessandra afirma que, após o rompimento do marido com o MDB, ela foi excluída de atividades parlamentares e partidárias. A deputada menciona que perdeu sua posição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e não é mais convocada para reuniões do partido. Em seu pedido, ela destaca que as represálias que vem enfrentando são consequências diretas da decisão política de seu cônjuge.

Dr. Daniel, que foi reeleito com 83,48% dos votos válidos, já havia trocado o MDB pelo PSB em abril deste ano, devido a desentendimentos na formação da chapa para as eleições. Ele agora se prepara para uma disputa política mais ampla, visando desbancar a influência do clã Barbalho no Pará, onde Helder Barbalho tem uma longa trajetória política.

A situação de Alessandra Haber levanta questões sobre a dinâmica interna do MDB e as repercussões de conflitos familiares na política. Até o momento, o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões, e a presidência do partido não se manifestaram sobre o caso.