Investigação contra presidente da Coreia do Sul após lei marcial
Yoon Suk Yeol é investigado por traição.
Notícia publicada em 05/12/2024 04:38 - #politica
Procuradores da Coreia do Sul iniciaram uma investigação contra o presidente Yoon Suk Yeol e dois ministros, devido à imposição de uma lei marcial que restringia direitos civis. A medida, anunciada na terça-feira (3), foi rapidamente derrubada pelo Parlamento, que se reuniu em uma sessão de emergência para restaurar os direitos da população. A agência de notícias Yonhap informou que a polícia também está investigando o presidente por traição, após queixas apresentadas por um partido de oposição e um grupo de ativistas.
O ex-ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, que renunciou ao cargo, está proibido de viajar enquanto a investigação prossegue. O Partido Democrático, principal partido de oposição, planeja votar um pedido de impeachment contra Yoon no próximo sábado (7). Se aprovado, o presidente será suspenso e o primeiro-ministro assumirá interinamente até que a Corte Constitucional decida sobre o caso.
A imposição da lei marcial gerou protestos em massa em Seul, onde milhares de manifestantes exigiram a renúncia de Yoon. Os protestos começaram na Praça Gwanghwamun e se dirigiram ao palácio presidencial, mas foram contidos pela polícia. A lei marcial foi justificada por Yoon como uma medida necessária para combater forças consideradas antinacionais, mas a reação popular foi de forte oposição.
A crise política se intensificou após a revogação da lei marcial, e muitos assessores de Yoon apresentaram suas renúncias. O presidente, que foi eleito em 2022, enfrenta uma crescente insatisfação pública e desafios econômicos, além de acusações de corrupção envolvendo sua família. A situação atual reflete um momento crítico na política sul-coreana, com a oposição buscando formas de destituir o presidente e a população exigindo mudanças significativas.