Cerclagem uterina: cirurgia que ajuda gestantes

Nos últimos meses, várias celebridades, como Eliana e Nadja Haddad, têm falado sobre a cerclagem uterina, um procedimento cirúrgico que visa prevenir partos prematuros e abortos. Essa cirurgia é especialmente indicada para mulheres que sofrem de uma condição chamada incompetência istmocervical, que pode levar a complicações durante a gestação.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 30% das gestações no Brasil terminam em aborto, muitas vezes devido a causas genéticas. Quando esses abortos ocorrem repetidamente, é necessário investigar a possibilidade de incompetência istmocervical. Essa condição se refere ao enfraquecimento do istmo e do colo do útero, que pode ocorrer devido ao aumento do volume uterino durante a gravidez.

O diagnóstico é feito por meio de ultrassonografias durante o pré-natal. A cerclagem uterina é realizada através de pontos cirúrgicos que ajudam a manter o colo do útero fechado, permitindo que a gestação prossiga até o final. O ideal é que a cirurgia seja feita entre a 8ª e a 12ª semana de gestação. Por exemplo, Eliana fez a cerclagem na 11ª semana de sua gravidez, enquanto Nadja Haddad optou pelo procedimento em uma gestação gemelar.

A recuperação após a cerclagem é rápida, e muitas mulheres conseguem retomar suas atividades normais em cerca de um mês. No entanto, é importante ressaltar que a cerclagem não é indicada para todas as gestantes. A decisão de realizar o procedimento deve ser tomada com base em uma avaliação médica cuidadosa, considerando o histórico de gravidez da paciente e outros fatores de risco.

Com informações adequadas e acompanhamento médico, muitas mulheres podem ter uma gestação saudável e bem-sucedida, evitando complicações graves durante a gravidez.