SP oferece recompensa por informações sobre suspeito de homicídio no aeroporto
Recompensa de R$ 50 mil por informações sobre Kauê.
Notícia publicada em 19/11/2024 15:35 - #política
O estado de São Paulo está oferecendo uma recompensa de R$ 50 mil para quem fornecer informações que ajudem a capturar Kauê do Amaral Coelho, o primeiro suspeito identificado no homicídio de Antônio Vinícius Gritzbach. Gritzbach foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos no dia 8 de novembro, quando foi atingido por disparos de arma de fogo.
Na manhã do dia 19 de novembro, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca em locais relacionados a Kauê, na região do Jaraguá, em São Paulo. No entanto, o suspeito não foi encontrado, e o mandado de prisão temporária, que foi solicitado pelo Ministério Público e expedido pela Justiça na sexta-feira anterior, não pôde ser cumprido.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, comentou sobre o trabalho das forças policiais desde o ocorrido. Ele afirmou que houve um esforço conjunto para identificar e qualificar o primeiro indivíduo confirmado como um dos autores do homicídio. Segundo ele, há pelo menos cinco pessoas envolvidas no crime.
Derrite explicou que, através do sistema de monitoramento do aeroporto, foram obtidas imagens que mostram a participação de Kauê no assassinato. Ele foi visto no aeroporto uma hora antes da chegada do voo de Gritzbach. Em um momento antes dos disparos, Kauê apontou para a vítima, indicando sua localização para os criminosos que estavam em um carro na área externa do aeroporto.
A investigação revelou que Kauê já tinha um histórico criminal, tendo sido preso em 2022 por tráfico de drogas. No dia do crime, ele foi visto circulando pelo saguão do aeroporto e, ao notar que Gritzbach estava se aproximando do desembarque, sinalizou para os atiradores que o aguardavam do lado de fora.
Atualmente, Kauê é considerado foragido, e sua foto está sendo divulgada pela Secretaria de Segurança Pública. O irmão de Kauê, que estava em um dos endereços onde os mandados foram cumpridos, informou aos policiais que o suspeito havia ligado para avisar que as autoridades poderiam estar atrás dele.
Durante as buscas, a polícia apreendeu “objetos de interesse da investigação” nos endereços relacionados a Kauê, embora não tenha especificado quais eram esses objetos. A Secretaria de Segurança Pública também esclareceu que armas e drogas não estavam entre as apreensões.
No dia 9 de novembro, três mochilas contendo armas de fogo foram encontradas nas proximidades do aeroporto. Entre os itens apreendidos estavam dois fuzis 762, um fuzil 556, uma pistola 9 milímetros, além de carregadores e munições. O secretário Derrite confirmou que essas armas foram utilizadas no homicídio de Gritzbach.
Antônio Vinícius Gritzbach estava sob investigação por seu suposto envolvimento com uma facção criminosa. Ele foi acusado de lavagem de dinheiro para o grupo e de ter ordenado a morte de duas pessoas ligadas à facção. Durante um acordo de colaboração com o Ministério Público, Gritzbach mencionou agentes públicos, o que levou a um desdobramento na investigação.
Em 12 de novembro, oito policiais mencionados no acordo de colaboração foram afastados de suas funções. A corregedoria da polícia solicitou ao Poder Judiciário o compartilhamento de informações que estão sob sigilo, para que possam ser utilizadas em procedimentos administrativos disciplinares que já foram instaurados.
A Secretaria de Segurança Pública também informou que, conforme determinação da Delegacia Geral de Polícia, os policiais citados no depoimento de Gritzbach foram afastados de suas atividades operacionais e estão exercendo funções administrativas.
Esse caso levanta questões sobre a segurança no aeroporto e a relação entre facções criminosas e agentes de segurança pública. A busca por Kauê do Amaral Coelho continua, e a recompensa oferecida pode ajudar a acelerar a captura do suspeito, que é considerado um dos principais envolvidos no assassinato de Gritzbach.