Policiais são investigados por ligação com delator do PCC
Investigação revela empresas ligadas a policiais.
Notícia publicada em 17/11/2024 20:58 - #política
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, em conjunto com o Ministério Público, está investigando uma rede de empresas que estão ligadas a policiais mencionados na delação de Antônio Vinícius Gritzbach, um empresário que foi assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo. Gritzbach, que era delator do PCC, foi morto a tiros no dia 8 de novembro, e a investigação busca entender a relação entre os policiais e o crime.
Os investigadores descobriram que alguns dos policiais citados na delação possuem empresas registradas, o que levanta suspeitas sobre como conseguiram acumular patrimônio significativo, considerando que eles têm dedicação exclusiva ao serviço público. Um dos policiais, que tinha um salário líquido de R$ 5.504,70, era sócio de uma concessionária de veículos de luxo, enquanto outro, com um salário de R$ 7.337,17, é proprietário de uma construtora e uma clínica de estética.
A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública está apurando a participação de pelo menos 13 policiais, incluindo oito da Polícia Militar que faziam a escolta de Gritzbach e cinco da Polícia Civil que foram denunciados por corrupção. Além disso, outros suspeitos incluem um agente penitenciário e membros da facção criminosa que Gritzbach também delatou.
O assassinato do empresário foi registrado por câmeras de segurança, que mostraram dois homens encapuzados e armados com fuzis. A investigação está sendo conduzida como homicídio e lesão corporal, e até o momento, os assassinos não foram identificados ou presos. Gritzbach havia feito uma delação premiada que o protegia de investigações, mas sua morte levanta questões sobre a segurança dos delatores e a corrupção dentro das forças de segurança.