Organizações de refugiados em Atlanta se preparam para mudanças

Organizações que ajudam refugiados em Atlanta estão se preparando para possíveis mudanças nas políticas de imigração, especialmente com a possibilidade de um novo governo. Este ano, Georgia deve receber cerca de 4.000 refugiados, um número muito maior do que os 499 acolhidos no último ano da administração anterior. Essa mudança se deve às metas do governo atual, que prioriza a acolhida de imigrantes.

A Coalition of Refugee Service Agencies (CRSA), que reúne várias organizações, está atenta às promessas do candidato republicano, que pretende reverter as políticas de acolhimento e impor restrições, como a proibição de entrada de pessoas de países muçulmanos. Ashley Coleman, co-presidente da CRSA, afirmou que as agências estão prontas para se adaptar às novas diretrizes, caso necessário.

Quando um refugiado chega aos Estados Unidos, ele recebe apoio inicial por 90 dias, que inclui moradia e itens básicos. Após esse período, muitas organizações sem fins lucrativos, como a Ethaar, entram em cena para oferecer suporte adicional. Mona Megahed, vice-presidente da Ethaar, destacou que, além dos itens básicos, a organização busca proporcionar um ambiente mais acolhedor, oferecendo utensílios e eletrodomésticos que não são fornecidos pelo governo.

Um dos desafios enfrentados por mulheres refugiadas em Atlanta é a falta de habilidades para dirigir, o que gera dependência de seus maridos para tarefas diárias. Para ajudar, a Ethaar criou o programa "Women Behind the Wheel", que oferece aulas de direção gratuitas. O programa tem sido bem-sucedido e continua a crescer, mesmo sem financiamento governamental.

As organizações de apoio a refugiados estão comprometidas em continuar seu trabalho, independentemente das mudanças políticas, e estão preparadas para ajustar suas abordagens conforme necessário.