PF indiciou fuzileiro naval por ameaças a filha de Moraes
Fuzileiro naval é indiciado por ameaças a Moraes.
Notícia publicada em 06/11/2024 01:10 - #politica
A Polícia Federal apresentou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre duas pessoas acusadas de ameaçar a família do ministro Alexandre de Moraes. O fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira e seu irmão, Oliverino de Oliveira Júnior, foram indiciados por crimes relacionados à abolição violenta do Estado Democrático de Direito, conforme o artigo 359 do Código Penal. Ambos estão detidos desde maio, após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e uma decisão de Moraes.
As investigações revelaram que os acusados enviaram 41 e-mails ameaçadores entre abril e maio de 2024, utilizando contas anônimas. As mensagens continham ameaças de morte à filha de Moraes, além de detalhes sobre a rotina da família, como trajetos e locais que frequentavam. Após a prisão dos suspeitos, Moraes decidiu se afastar das investigações sobre as ameaças à sua família, transferindo o caso para a ministra Cármen Lúcia.
O inquérito da PF, que agora está sob a responsabilidade de Cármen Lúcia, investiga as ameaças e a perseguição à família do ministro. A pena para o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito varia de 4 a 8 anos de prisão. O advogado dos indiciados, Darlan Almeida, expressou surpresa com o indiciamento, alegando que não há provas concretas que liguem seus clientes aos e-mails ameaçadores. Ele destacou que, mesmo após diversas investigações, não foram encontrados elementos que comprovassem a participação deles nas ameaças.
A defesa espera que a PGR arquive a investigação, considerando a falta de evidências que apontem para o envolvimento dos acusados nas condutas criminosas apuradas. O caso continua a ser monitorado pelas autoridades competentes, enquanto a ministra Cármen Lúcia ainda não finalizou sua análise sobre as ameaças.