O Fim da Vacina Gotinha e a História do Zé Gotinha

O Zé Gotinha, um personagem criado em 1986 pelo artista plástico Darlan Rosa, se tornou um símbolo da vacinação infantil no Brasil. Ele foi desenvolvido para promover a campanha de vacinação contra a poliomielite, com o objetivo de tornar as vacinas mais atraentes para as crianças. O nome do personagem foi escolhido através de um concurso nacional promovido pelo Ministério da Saúde.

Recentemente, o Brasil anunciou o fim da aplicação da Vacina Oral Poliomielite (VOP), que era administrada em forma de gotinha. Apesar dessa mudança, o Ministério da Saúde garantiu que o Zé Gotinha continuará a ser uma figura importante nas campanhas de vacinação. O novo esquema vacinal agora inclui apenas uma dose de reforço com a vacina injetável, a VIP, aos 15 meses de idade.

O esquema vacinal atualizado é o seguinte: - 2 meses – 1ª dose;
- 4 meses – 2ª dose;
- 6 meses – 3ª dose;
- 15 meses – dose de reforço.

As vacinas orais, como a VOP, são importantes para prevenir doenças que podem ser transmitidas por água ou alimentos contaminados. A Fiocruz explica que as vacinas orais utilizam vírus atenuados, que estimulam o organismo a produzir anticorpos, oferecendo proteção nas áreas mais vulneráveis do corpo.

Embora a vacina contra a poliomielite tenha sido descontinuada, outras vacinas orais ainda estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina contra o Rotavírus, por exemplo, é administrada em duas doses orais, e a vacina contra a Cólera também é oferecida de forma oral, mas apenas em situações específicas. Além disso, a vacina contra a Febre Tifoide é indicada para crianças a partir de 2 anos e adultos, mas sua aplicação é restrita a casos especiais.

Assim, o Zé Gotinha, que já tem 38 anos, continua a ser um símbolo de saúde e proteção para as crianças brasileiras, mesmo com as mudanças nas vacinas.