Uruguai realiza eleições presidenciais e plebiscito

Neste domingo, dia 28, mais de 2,72 milhões de uruguaios estão aptos a participar das eleições para escolher o novo presidente do Uruguai, além de seu vice, senadores e deputados. Os eleitores também terão a oportunidade de se manifestar sobre duas propostas de reforma constitucional em um plebiscito. Essa é uma data importante para a democracia uruguaia, onde o voto é obrigatório, assim como no Brasil.

Na corrida presidencial, três candidatos se destacam: Yamandú Orsi, representando o campo progressista; Álvaro Delgado, da centro-direita e atual secretário da Presidência; e Andrés Ojeda, do Partido Colorado. As últimas pesquisas de intenção de voto indicam que Orsi, que conta com o apoio do ex-presidente José Pepe Mujica, está liderando as preferências do eleitorado. Em segundo lugar, aparece Delgado, que é o candidato da situação e tem uma forte ligação com o atual presidente, Lacalle Pou.

Entretanto, as previsões apontam que nenhum dos candidatos deve alcançar a marca de 50% mais um dos votos válidos, o que significa que, se essa expectativa se confirmar, haverá um segundo turno entre os dois candidatos mais votados. Nesse caso, os eleitores uruguaios terão que retornar às urnas no dia 24 de novembro.

Além da escolha do presidente, os uruguaios também vão eleger 30 senadores e 99 deputados que irão compor o Poder Legislativo nacional pelos próximos cinco anos, de 2025 a 2030. Essa é uma parte fundamental do processo democrático, pois os legisladores eleitos terão a responsabilidade de criar e aprovar leis que impactam a vida de todos os cidadãos.

Plebiscito e Reformas

Os eleitores também terão a chance de se pronunciar sobre duas propostas de reforma constitucional. A primeira proposta busca alterar o Artigo nº 67 da Constituição, que trata da seguridade social e das regras de aposentadoria. Se aprovada, a idade mínima para aposentadoria voltará a ser de 60 anos, revogando a reforma previdenciária de 2023, que aumentou essa idade para 65 anos. Além disso, a mudança garantiria que os aposentados não recebessem menos do que o salário mínimo nacional.

A segunda proposta em votação permite que a polícia realize buscas em residências de suspeitos durante a noite, desde que haja autorização judicial. Atualmente, a Constituição uruguaia exige que, à noite, a entrada em um domicílio só seja permitida com a autorização do proprietário. Essa mudança visa facilitar o trabalho da polícia em situações de emergência, mas também levanta questões sobre a privacidade e os direitos dos cidadãos.

Essas eleições e o plebiscito são momentos cruciais para o futuro do Uruguai, pois os resultados podem impactar não apenas a política interna, mas também a relação do país com a comunidade internacional. A participação ativa dos cidadãos é fundamental para garantir que suas vozes sejam ouvidas e que suas necessidades sejam atendidas pelos novos representantes eleitos.

Os uruguaios estão, portanto, diante de uma decisão importante que pode moldar o futuro do país. A expectativa é alta, e todos os olhos estão voltados para as urnas neste domingo, enquanto os cidadãos se preparam para exercer seu direito de voto e influenciar o rumo da nação.