Mudanças nas Diretrizes de Pressão Arterial no Brasil

Novas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) mudaram a forma como a pressão arterial é classificada. Agora, uma pressão de 12 por 7 a 13 por 8 é considerada elevada, antes do diagnóstico de hipertensão. Essa mudança é baseada em estudos que mostram que até mesmo um aumento discreto na pressão pode elevar o risco de doenças cardíacas.

No Brasil, as regras atuais, que foram definidas em 2020, ainda consideram a pressão de 12 por 7 como normal. No entanto, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) planeja adotar as novas diretrizes europeias em 2025. A ideia é alertar a população sobre a importância de controlar a pressão arterial, já que cerca de um terço dos adultos no Brasil é hipertenso.

Os especialistas ressaltam que a medição da pressão deve ser feita em casa, utilizando dispositivos adequados, para garantir um diagnóstico preciso. A nova categoria de pressão elevada é definida como uma pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou diastólica entre 70 e 89 mmHg. A hipertensão, por sua vez, continua a ser classificada como pressão sistólica igual ou acima de 140 mmHg ou diastólica igual ou superior a 90 mmHg.

A mudança nas diretrizes também sugere que pessoas com pressão elevada, especialmente aquelas com histórico de problemas cardíacos, devem considerar mudanças no estilo de vida e, se necessário, iniciar tratamento medicamentoso. A SBC já emitiu novas orientações sobre como realizar medições em casa, enfatizando a importância de um diagnóstico correto para evitar complicações graves, como doenças cardíacas e derrames.

Os especialistas alertam que a hipertensão é uma condição silenciosa, e muitos não sabem que a têm. Portanto, é crucial que as pessoas façam consultas regulares e monitorem sua pressão arterial para garantir uma vida saudável.