Domingos Brazão se emociona em depoimento no STF

Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, prestou depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Durante a audiência, Brazão afirmou que nunca conheceu pessoalmente Ronnie Lessa, o assassino confesso de Marielle, e que o viu apenas pela televisão. Ele se emocionou ao falar sobre as acusações que pesam contra ele, alegando que a situação está destruindo sua família.

Brazão declarou: "Eu preferia ter morrido no lugar da Marielle. Ele (Ronnie Lessa) está destruindo a minha família. Que tipo de gente faz isso?". Ele também comentou sobre a delação de Élcio de Queiroz, que teria pressionado Lessa a falar, afirmando que o assassino se sentiu encurralado e usou a oportunidade para proteger seu comparsa.

O depoimento de Brazão ocorreu em um contexto de investigações que buscam identificar os mandantes do crime, que aconteceu em março de 2018. O conselheiro revelou que perdeu 26 quilos em sete meses de prisão e expressou sua incredulidade sobre as acusações, afirmando que não conhece as pessoas envolvidas.

O irmão de Domingos, Chiquinho Brazão, também foi ouvido e chorou ao falar sobre a família e a amizade que tinha com Marielle. Ele negou qualquer interesse em receber denúncias sobre facções criminosas, enfatizando que Marielle era uma pessoa amável e respeitosa.

O processo no STF, que já conta com diversos depoimentos, está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Após a fase de interrogatórios, as partes terão cinco dias para solicitar novas diligências antes de seguir para as alegações finais.