Ministra Cida Gonçalves se defende de acusações de assédio

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, declarou que permanecerá em seu cargo, apesar das acusações de assédio moral e racismo que surgiram recentemente. Em uma entrevista, ela afirmou que a decisão sobre seu afastamento cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As denúncias foram publicadas pelo site Alma Preta, que revelou que 17 testemunhas anônimas relataram comportamentos inadequados por parte da ministra e da secretária-executiva, Maria Helena Guarezi.

As acusações incluem a demissão de uma secretária, que teria sido dispensada por priorizar sua campanha eleitoral. Além disso, há relatos de que Guarezi fez comentários racistas, como pedir que uma funcionária com cabelo crespo se sentasse durante uma reunião, alegando que seu cabelo estava "atrapalhando a visão". Cida Gonçalves é acusada de não ter tomado providências ao ser informada sobre esses casos.

Cida também foi mencionada em relatos que indicam um ambiente de trabalho hostil, onde funcionárias enfrentaram problemas como síndrome de burnout e crises de ansiedade. Desde que assumiu o ministério, 59 demissões foram registradas no Diário Oficial da União. A ministra afirmou que está preparando uma nota oficial para se manifestar sobre as acusações.

Essas denúncias ocorrem em um momento delicado, especialmente após a demissão do ex-ministro Silvio Almeida, que foi acusado de assédio sexual. Cida Gonçalves expressou apoio à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que também foi uma das vítimas de Almeida. A situação levanta questões sobre a cultura de trabalho dentro do governo e a necessidade de um ambiente mais respeitoso e inclusivo.