Homem é condenado por orar em público no Reino Unido

Um homem no Reino Unido, Adam Smith-Connor, foi condenado por orar silenciosamente em uma área pública, o que gerou grande controvérsia sobre a liberdade de expressão e crença religiosa. A juíza Orla Austin, do tribunal de Poole, considerou Smith-Connor culpado de violar uma ordem que proíbe atividades em torno de uma clínica de aborto, onde ele estava orando em memória de seu filho, que morreu em um aborto há 22 anos.

A decisão, que ocorreu no dia 16 de outubro, resultou em uma multa de 9 mil libras esterlinas, além de dois anos de liberdade condicional. A juíza argumentou que a oração, mesmo que silenciosa, poderia ser vista como uma forma de protesto contra os serviços da clínica, o que violaria a ordem de proteção do espaço público.

Smith-Connor, um ex-veterano do exército, expressou sua decepção com a sentença, afirmando que é um dia sombrio para a liberdade de pensamento no Reino Unido. Ele planeja recorrer da decisão, alegando que suas ações não deveriam ser consideradas um crime.

A repercussão da condenação foi intensa, com defensores da liberdade religiosa e de expressão criticando a decisão. Jeremiah Igunnubole, consultor jurídico da Alliance Defending Freedom UK, chamou a condenação de um retrocesso nas liberdades fundamentais. Isabel Vaughan-Spruce, diretora da Marcha pela Vida do Reino Unido, também se manifestou, alertando que a criminalização de pensamentos pode levar a uma forma de controle social.

A situação levantou questões sobre a proteção da liberdade de expressão e a capacidade do governo de regular o que as pessoas pensam ou fazem em público. A condenação de Smith-Connor é vista como um sinal preocupante para a liberdade religiosa no país, e muitos pedem uma revisão das leis que permitem tal interpretação.