Negacionismo em sala de espera de hospital

Recentemente, um jornalista teve uma experiência desconcertante em uma sala de espera de hospital, onde ouviu opiniões de pessoas que desconsideravam a ciência. Durante a conversa, alguns indivíduos admitiram ter se vacinado contra a Covid-19, mas apenas uma vez e com relutância. Um casal, por sua vez, declarou que não se vacinou, alegando medo de efeitos colaterais e desconfiança em relação à rapidez com que a vacina foi desenvolvida. Um dos homens chegou a afirmar que mais vacinados morreram em 2022 do que não vacinados em 2021, citando uma estatística que não foi verificada.

Entre os presentes, havia um alemão que expressou sua indignação sobre a imigração, afirmando que a presença de muçulmanos na Alemanha estava prejudicando o país. Ele também mencionou a Inglaterra, sugerindo que a imigração indiana havia arruinado a nação. Além disso, o grupo discutiu eventos climáticos, afirmando que as chuvas e furacões eram normais e que a mídia apenas não os cobria antes.

O jornalista ficou surpreso ao perceber que essas opiniões, que pareciam absurdas, eram defendidas com convicção por pessoas que aparentavam ser bem informadas. Ele se questionou sobre a realidade de viver em bolhas sociais, onde a desinformação pode prosperar. Ao perguntar ao alemão sobre a forma da Terra, ele recebeu uma resposta sarcástica, o que deixou o jornalista sem saber o que pensar sobre a crença dele.

Essa experiência ressalta a importância de se discutir e confrontar ideias negacionistas, especialmente em ambientes onde a ciência deveria ser a base das decisões e opiniões.