Análise revela marcas de creatina aprovadas e reprovadas no Brasil

Uma nova análise realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) revelou que 18 marcas de creatina vendidas no Brasil não passaram nos testes de qualidade. Dentre essas, 10 marcas não continham a substância prometida. A pesquisa avaliou um total de 88 amostras, das quais 77% foram aprovadas. Essa análise representa uma diminuição de 28% nos produtos reprovados em comparação ao levantamento anterior.

A creatina é um suplemento popular entre atletas, pois ajuda a aumentar a força e a massa muscular. No entanto, a presença de produtos de baixa qualidade no mercado pode prejudicar os resultados dos usuários. O médico nutrólogo Eduardo Rauen destacou que consumir creatina abaixo da quantidade indicada pode comprometer o desempenho, especialmente para atletas de alta performance.

A Abenutri analisou a variação da concentração de creatina em relação ao que é informado no rótulo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite uma variação de até 20%, mas 10 marcas apresentaram uma variação de 100%, o que significa que não podem ser consideradas creatina. Entre as marcas reprovadas estão AGE, Cellucor, Dymatrix Nutrition e Muscle Pharm.

Por outro lado, a maioria das marcas analisadas foi aprovada, com variações de até 5%. Algumas das marcas que se destacaram positivamente incluem Absolut Nutrition, ADAPTOGEN e Optimum Nutrition. A Abenutri também informou que algumas empresas, como Supley e BRG, tentaram impedir a divulgação dos resultados por meio de medidas judiciais.

A creatina é um composto que o corpo produz naturalmente e também pode ser obtido através de alimentos como carne e peixe. O uso de suplementos ajuda a aumentar a disponibilidade dessa substância, beneficiando não apenas atletas, mas também pessoas com perda de massa muscular, como os idosos. A análise da Abenutri serve como um alerta para os consumidores sobre a importância de escolher produtos de qualidade.