BRICS Enfrenta Desafios em um Mundo em Conflito

O BRICS, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, está ganhando destaque após sua recente expansão. O grupo se reuniu em um cúpula em Joanesburgo, onde convidou novos membros, como Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes, para se juntarem a ele. Essa expansão é vista como uma resposta à insatisfação do Sul Global com a ordem mundial liderada pelos EUA.

Em breve, os líderes do BRICS se encontrarão novamente em Kazan, na Rússia, para a 16ª cúpula. O grupo enfrenta o desafio de equilibrar seu crescimento com a eficácia, especialmente após um encontro recente de ministros das Relações Exteriores que não conseguiu emitir uma declaração conjunta devido a divergências sobre questões do Oriente Médio e a representação da África no Conselho de Segurança da ONU.

A expansão do BRICS é promissora, pois traz novos membros com potencial econômico significativo. O Banco de Desenvolvimento Novo, com sede em Xangai, é uma das principais iniciativas do grupo, oferecendo empréstimos em moedas locais e buscando maior autonomia financeira. Apesar de seu tamanho menor em comparação com o Banco Mundial, o NDB tem se destacado por sua abordagem inovadora e por não ter um acionista dominante.

Entretanto, o BRICS também enfrenta desafios em um mundo marcado por conflitos, como a guerra na Ucrânia e tensões no Oriente Médio. A organização tem conseguido manter a coesão, mesmo com as rivalidades entre seus membros, como China e Índia. A crescente popularidade do BRICS entre países do Sul Global reflete uma busca por alternativas à hegemonia ocidental, mas a organização ainda precisa navegar por um cenário internacional complexo e volátil.