Descoberta de bota em Everest pode resolver mistério de 1924

Uma equipe de documentaristas da National Geographic fez uma descoberta surpreendente em setembro: uma bota e uma meia saindo de um glaciar derretido no Monte Everest. O que chamou a atenção foi um rótulo na meia que dizia "A.C. Irvine", indicando que a bota provavelmente pertenceu ao alpinista britânico Andrew "Sandy" Irvine. Irvine desapareceu em 1924 durante uma expedição ao Everest, junto com seu colega George Mallory, e seu destino se tornou um dos maiores mistérios da escalada.

Irvine e Mallory desapareceram a 800 pés do cume do Everest, enquanto tentavam ser os primeiros a alcançar o pico mais alto do mundo. Embora o corpo de Mallory tenha sido encontrado em 1999, o de Irvine e a câmera que eles carregavam nunca foram localizados. A descoberta da bota e do pé dentro dela pode ser a primeira evidência concreta da morte de Irvine desde seu desaparecimento.

Jimmy Chin, co-diretor do documentário "Free Solo", estava entre os membros da equipe que encontrou a bota. Ele comentou que essa descoberta é um grande avanço para entender o que aconteceu com Irvine. A equipe também encontrou um cilindro de oxigênio de uma expedição de 1933, que levantou a hipótese de que eles poderiam estar próximos do corpo de Irvine.

Após a descoberta, a equipe informou a família de Irvine, incluindo sua sobrinha-neta, Julie Summers, que ficou emocionada ao saber da bota. Ela cresceu ouvindo a história do tio desaparecido e ficou tocada ao saber que novas evidências poderiam finalmente esclarecer o que aconteceu com ele no Everest. A equipe agora aguarda a confirmação de DNA para verificar a identidade do pé encontrado.